individualidades

terça-feira, maio 30, 2006

"u should be here"

sento-me nesta cadeira, que em tempos parti, que me magoei, vermelha que condiz comigo... parece que me venho fundido nela, tantas horas...
sento-me nela, viajo até ao meu diário...posso escrever sobre tantas coisas, não conseguir é ser mais burra, mais loira? eu não consigo, e sinto-me bem... não me faças sentir mal!
não consigo, parecem facas, que me sangram, que me mostram e susurram a este ouvido, tao visto pelos teu labios, "ainda estas viva"!
sinto-me cheia, corro pela casa descalça, ouço os meus pé batendo na madeira que insiste em se manter inconfundivel... quantas vezes me deitei nela, contei os seus veios, quantas vezes ja me viram e se falassem...
flage-lo os pensamentos, e ponho o cd que tantas vezes ficava perdido nos outros, é mesmo um "cocoon crash", só falta mesmo o cilicio, para me fazer recordar que me provoco... mas as imagens valem... ai valem.
sabes qual a musica que me recordas? aquela em que na penumbra, fechas os olhos, e que baixinho resumes notas perdidas numa musica, e eu olho-te e penso... cantas para ti, canta para mim!!!... "daddy says: i love u girl, its not u'r fault ur mom and me dont get along.... everythings alright"...pois está! e enquanto te inclinas... me beijas a mão e ves, olhas os meus dedos, aqueles que tocaste para ver se era real, sim esses... (un)lock the door, (un)lock my head
estou cheia de mim, cheia de ti!

um beijo

Ana

segunda-feira, maio 29, 2006

O “tu” na minha vida…


Das construções gramaticais aprendi muito cedo que não existe eu sem tu, não me parece ser ao acaso que ambos se seguem, que são quase um prolongamento um do outro, as duas fases de uma existência única regida pela necessidade constante de ser algo em função de alguém.
Que sentido teria se assim não fosse.
Será o Homem um ser criado para a solidão?
Se assim fosse que sentido teria o tão conhecido ditado que dá a vida por completa quando apenas se vêem concluídos a escrita de um livro para alguém ler, a plantação de uma árvore para alguém regar e a gestação de um filho para alguém educar?
Não é isto que o ser humano procura numa busca incessante?
A mim parece-me que o ser humano é um ser nascido para a relação… hoje sei que é assim…
Sabes que hoje olho o espelho e sinto-me linda?
Sabes que hoje olho para ti e estranhamente me sinto mais completa?
Sabes que não consigo deixar de te dizer isto?
Sabes que te adoro?
Sabes que te recrio em cada movimento?
Sabes que sou feliz com o “tu” na minha vida?
Sabes que me transformaste numa lamechas?
Sabes que não consigo já não o ser?
Sabes sim…
Passamos metade do nosso tempo a dormir, outra metade a sonhar, outra ainda a amar, e quando damos por nós não nos restam muitas “metades” para agradecer…
Não num agradecimento ditado pelo “obrigado”… não, não é nada disso…
Num agradecimento escondido num olhar, num agradecimento numa entrelinha, num obrigado sem obrigatoriedade nenhuma.
Sabes que agradeço assim, não sabes?
Sabes que a forma como te olho é única?
Sabes que o meu verão há muito que não era tão sonhado?
Sabes que o meu reggae nunca esteve tão sentido?
Sabes sim…
Das idealizações de menina carrego comigo histórias carregas de príncipes e princesas, de amores que não passam despercebidos a ninguém, de beijos arrebatadores que se imortalizam num quadro de memórias, de estórias perdidas nas histórias do tempo… foi há já tanto tempo que quase não acreditava na possibilidade de existirem. Foi há já tanto tempo que já só me restavam crenças em sapos… ainda bem que não encontraste nenhum…
Sabes que hoje sinto-me uma princesa?
Sabes que hoje acredito nesses beijos?
Sabes que me fizeste regressar docemente a esse tempo?
Sabes que me ofereceste uma história de encantar?
Sabes sim…
A batida na música faz-me recordar ontem, ante ontem e todos os ontem que passei a pensar em ti… é tão fácil recorda-los ao pormenor…
É tão “simplesmente fácil” gostar, é “tão puramente doce” sentir… nem me recordava como capaz de sentir isto… tão ingénuo e tão maduro ao mesmo tempo, tão menina e tão mulher…
Sabes que te adoro? (ups já tinha perguntado)
Sabes que te quero?
Sabes que fiquei?
Sabes que vou ficar?
Sabes que não vou?
Sabes sim…
E sabes o que e isto tudo?
É só e apenas… o “tu” na minha vida!!!


kiki

“fotografias”

Hoje senti finalmente que as tinha de arrumar… arrumar momentos, arrumar sentimentos… arrumar vivências… arrumar projectos e sonhos.
Tinha-as todas espalhas, como se espalhada estivesse também a minha vida.
Sentei-me, exactamente como sempre fiz, cruzei as pernas, respirei tão fundo que quase se podia antever um nascimento, abri o álbum…
Uma a uma lá fui prosseguindo com a história. Cada uma a seu jeito guardava-me, contava algo, um momento no final do dia, outro momento ao acordar, um momento triste, outro ainda mais feliz… enfim tantas emoções apenas sustidas por umas mãos que não podiam mais cessar.
Estou a ficar cansada e só me apetece acabar, mas não, não agora.
Mais um preenchimento no álbum e vou sentindo-me cada vez mais leve, mais livre, mais eu…
As luzes das velas vão iluminando cada rosto que (re)vejo, sinto-me imensamente vazia, aqueles rostos já não os reconheço… mas enfim, não os quero rasgar, são projectos do que fui, realidades do que sou. As velas vão cedendo ao tempo, mas peço-lhes para que não se apaguem, ainda preciso de tempo… não, não quero luzes mais fortes, prefiro os rostos na penumbra, não penso ser capaz com mais claridade…
Descruzo as pernas porque me sinto já cansada, descruzo caminhos que ficaram presos em perguntas intermináveis, descruzo porquês que sustidos por mim não queriam mais responder à minha vida.
Com a ajuda de etiquetas vou arrumando cada capítulo, não que tenha medo de os esquecer, apenas preciso de algo para os reconhecer.
Uma a uma, e o chão vai ficando cada vez mais vazio, o meu álbum está finalmente a ficar arrumado; já só restam algumas, mas o numero cada vez mais reduzido mostra-me também o quão perto está o fim. Não que eu já não o antevisse, só não o queria tão perto.
O álbum começa a ficar incrivelmente pesado, já nem sei se vai fechar, mas não o quero repartir por mais nenhum, não lhe vou conceder esse privilégio, quero espaço para novos momentos.
Chegou a vez da última, sadicamente revestia um sorriso que tão bem conheço, um sorriso plantado numa praia que reconheço só pelo tacto, que reconheceria no meio de uma imensidão delas. Esta sim, esta está a ser dolorosamente guardada, mas não me resta outra forma de o fazer. Pronto… terminou… nem sei se me sinto capaz de o fechar. Acendo um cigarro como se sozinha não o conseguisse, faço um telefonema, preciso de uma voz que só ela me entende, preciso da tua voz para o fazer. Do outro lado oiço um: “kiki, também já arrumei as minhas malas, agora é a tua vez!”
Não precisei de muito mais para encerrar aquele álbum. Fechei, levantei-me e olhei o lugar dele naquela estante. Pensei em esconde-lo, mas rapidamente decidi que o lugar dele era aquele, aquele que estava vazia, mesmo ao lado do meu novo álbum.
Antes disso, só me restava um titulo que precisava de lhe atribuir… não hesitei dois momentos: o meu álbum iria chamar-se barril.
O novo? Não esse não tem ainda nome… vai esperar por ti, e por ti, e por ti…
Citando alguém que adoro: “eu arrumo tão bem as minhas fotografias”…

kiki

encontros

Em todas as encruzilhadas, estando ou não todas elas cruzadas, existem sempre encontros… aquele foi especial…
Sim, todos se encerram numa particularidade só deles, em algo único e irrepetível, mas sim, é verdade que temos os nossos encontros. Tão nossos que só nós lhe conhecemos o cheiro e o sabor, como se a cada vez que os sentíssemos soubéssemos antecipar cada palavra e cada olhar… sim eu consigo antecipá-los, conheço-lhes os sentidos de cor, eu conheço-lhes a alma.
O toque?
Não existe outro tão quente como aquele…
O cheiro?
Embora não o distinga do meu sei que é o teu…
No olhar?
São sempre as mesmas imagens tão perfeitas…
O sabor?
É aquele… sabes não sabes?
E a musica, essa tem sempre o mesmo compasso que faz vibrar o corpo naquele ritmo que tão bem conhecemos.
Hoje encontro o meu olhar de menina, meio perdido, restabelecido no teu, encontro o meu corpo, consigo senti-lo através do teu… o meu cheiro, os meus olhos os meus sons são teus também… são reencontros sim, reinvenções de almas que se ajustam num carril comum, corpos que se moldam e deixam sempre um rasto de continuidade.
Hoje antecipas as minhas expressões apenas numa frase perdida no tempo, hoje conheces o meu respirar, sabes como mexo nos cabelos, como trinco os lábios e encerro os olhos, hoje antecipas tudo isso.
Foi medo que prolongou estas vivências? Foi ele que as estagnou no tempo? Sim foi! Sabes que sim porque não prendi em mim essas confissões, mas também sabes que foi ele que me empurrou nos momentos de hesitação, foi ele que sempre me mostrou o significado dos afectos.
Sabes que teria reconhecido aquele sorriso no meio de mil não sabes? Sim era aquele que sempre tinha imaginado, sempre foi naquele ritmo descompassado que imaginei sentir o teu coração, sempre foi naquele olhar que sonhei o encontro entre duas bocas que se gostavam… foi assim, exactamente assim, teria reconhecido aquele encontro no meio de tantos quantos me quisesses mostrar, era o nosso, só nosso.
E agora? Como agora? Agora é simples… agora é aquele sentir de que te falei, agora é o “and so i tis” que tanto ouvimos, agora é aquela pupila que não se atreve mais a negar nada. Agora é como sempre deveria ter sido… agora é um perfeito cheio de imperfeições, mas perfeito. Agora é o aperto na ausência, o sufoco na presença… agora sou só feliz… se é que isso tem alguma coisa de “só”.

kiki

domingo, maio 28, 2006

cicatrizes

Quando acordamos, naquele acordar moroso, e de tentativas vãs… abrem-se as feridas que esquecemos na noite anterior, elas não se fecham, arranjam sempre maneira de se fazer valer, o valor que tem no percurso da nossa vida, e estão sempre tão certas….Sim sempre certas.Quando um dia acordar sem medo de viver, sem medo, esse vai ser um bom dia.Entretanto vou pondo a minha música preferida e vou aprendendo com ela.

Ana

sábado, maio 27, 2006

musicar

Ritmado, compassado…dois corpos roçam-se como duas faces inertes, imberbes de silêncios, dois corpos tocam-se, mexem-se os braços, sente-se mexas de cabelo, é quase um instinto, esta dança. Emprega-se o que se aprendeu à nascença, implicam-se dons naturais nos movimentos… sem imitações de escolas bacocas ditas temáticas… sente-se, fecha-se os olhos trauteia-se melodias como se falassem directamente para nós, como se nos falassem da nossa vida, dois corpos com medos e desejos… reagem pelas mãos, das almas tornam-se dependentes… e entregam-se momentos ao som dos tambores… das cadencias. Nascem dias, vidas.

Ana

terça-feira, maio 23, 2006

Road to Perdition

A estrada incólume de carros, de acidentes na vida. É essa que queremos?
Pergunto-me se arriscar faz parte da vida?
Olhar-nos ao espelho, e para além destas sardas…mal desenhadas, mal pintadas, como eu, por trás deste cabelo revolto, “híbrido”, sem cor definida, está uma pessoa definida também?
Os reflexos que vemos são tantas vezes reflexos projectados de uma realidade tão utópica! Porque é que queremos sempre procurar respostas para tudo, saber sempre o que queremos dizer, interpretar um gesto, para libertarmos os nossos, a dependência nunca foi um bom traço nas personalidades. Sou refém dos gestos!
Reaprender a ler os meus como desenhos de um olhar pela vida… saber o que são, para que são e porque esse o momento que escolheram para abraçar-me.
Já aproximaram os vossos olhos ao espelho, de modo a reflectir a alma. Juro que em pequena ao olhar para lá, vi o que era respirar ar puro, bombear sangue, viver pelos meus olhos… vi a sincronia dos meus órgãos na existência pacífica do meu ser. Era pacífica de cicatrizes, ignorante de choros sentidos, mas também de sorrisos e noites de lua cheia.
Já se olharam e viram quem querem ser, aposto que até diriam que tem um “desejo sexual” pelo reflexo do espelho… poucos sãos os que se olham e se sentem inteiramente felizes, completos, seguros.
Para que arriscar dizer o contrario…a nossa estrada sempre foi feita de acidentes, vou percorre-la pelo lambrim ou pelas riscas que separam as faixas da alegria ou da tristeza?

Ana

domingo, maio 21, 2006

o meu Verão

Os meus Verões sempre foram programados, o dia, a hora, as pessoas…tudo era programado, n havia falhas, nem dissabores, era tudo traduzido em calendários. Até o sítio estava calendarizado para lá aparecer na data prevista. Aquela casa…de memórias.
Aquela casa é um livro, que nos escreveu enquanto nos viu crescer, seguir rumos, partir cadeiras, partir garrafas, partir corações, é naquelas paredes que vemos tanto acontecer…ela tem os nossos nomes escritos em todo o lado…nem mesmo quando foi abaixo e só lá ficou pó, deixou de escrever...acabaram-se as folhas…acabou-se o livro e escreveu-se no chão no pó que restava dela para o vento levar.
E o vento levou as últimas páginas que lá se escreveram…a casa já não era a mesma, as pessoas já não eram as mesmas, ou escondiam-se por trás de portas de vidro.
A casa não é a mesma mas o Verão continua a existir, ele bate-nos a porta todas as vezes que vamos a uma loja e olhamos para aquela t-shirt de cor apaneleirada, ou aquele biquini... horrível… mas que ficaria tão bem com a pele morena…ou aqueles gelados a meio do dia...aquele cheiro a mar que nos levanta as saias brancas que inutilmente continuamos a levar apenas porque é gira e porque queremos muito que venha, o Verão .Ele não deixou não se filtrou em estações precipitosas como tal, como é que sugiro que face a falta de casa, e de memórias que se procurem por lá perpetuar, seja o meu Verão?Fala-se em viagens, em campismo, em loucuras, em praias desertas em noites de branco (as), em desconhecidos que se tornam amigos, em amigos que se tornam mais que isso, em pedaços de vidas…fala-se em livros com as páginas virgens.O meu Verão passa por ai, porque passa essencialmente por quem quero que o escreva comigo, e o que eu quero é alguém a meu lado, os meus melhores amigos, o telefonema da minha mãe, preocupada com o sol, com as correrias, com os acidentes que ela tão ciclicamente faz questão de lembrar que existem…quero ir a praia com eles, enterrar os pés na areia porque esta demasiado quente para percorrer, quero mergulhar na água e fazer uma corrida. Rebolar-me na areia com alguém, sentar-me debaixo do chapéu e esperar que na praia eu volte a encontrar os contornos que também ela encontra quando o sol lhe beija a paisagem. Quero tanto.Quero aquele bar, sim “aquele bar”…onde as pessoas se apaixonam, se arreliam, se definem e se decidem a amar a vida. Quero aquele sono lento depois de um copo, no colo de alguém que me quer, a cara quente de um dia, os ombros cansados da mochila, um cabelo loiro, um olhar brilhante, quero o meu VerãoE adoro não saber como vai ser, a minha estancia, adoro não saber com quem vou passa-la (calma, calma), adoro não saber se é para aquela praia que vou ou se é aquele caminho que vou percorrer, adoro, que ainda seja Primavera, e o Verão apenas tenha dado pistas da sua existência…Espero por ti daqui a um mês. Até lá aguarda.

Ana

sexta-feira, maio 19, 2006

loucos, somos loucos

As vezes parecemos loucos pelas vozes um do outro, e eu tomo por garantido esse timbre, sei que é o teu… n consegues ver que estou a ficar louca?
Aquele toque de folclore que tenho, antecipa sempre esse meu estar de alma, e podemos estar longe, numa margem de oceano, mas a tua voz é tão nítida e afecta-me tanto, de forma tão “orgânica”, só a um toque de distancia… um Belém.
Eu oiço o teu riso sinto a tua respiração, e fico louca, e ainda assim eu estou aqui, a espera… de um chegar teu, e pergunto-me como é que se consegue sobreviver….
Mas, mas querido, eu anseio por ti, pelo teu toque, leve na minha cara, a maneira como me mexes no cabelo, “aquele pedaço de vida tão à frente” e eu preciso disso, e o tempo pode fazer tanto…
Enquanto te afastas da minha casa, daqueles momentos em que me chega a mim e em que tudo é perfeito, as cores são perfeitas, o beijo é perfeito… sei que mal vire aquela esquina volto a confiar no sopro de vida que trazes contigo, e fico sanamente louca, e tento controlá-la… juro que tento
E eu tenho um segredo…
Vejo-te em câmara lenta e tiras-me o fôlego, não viro a cara porque quero, quero essa parte de ti! Quero tanta coisa… as tuas pausas, as tuas falas, o teu riso, os “sons de um miúdo”

Mas já dizia o Woody… “guarda um pouco dessa loucura para a menopausa”, e agora? Continuo louca… ou antecipo esse lugar no tempo de uma mulher?

E isto é precioso… é precioso!

Um beijo ai

Ana

segunda-feira, maio 15, 2006

despertares

Tenho sempre aqueles dias em que a vontade me toma, outros que esmoreço em pensamentos precoces, mas é no calor das primeiras horas do dia, que me confio, que encontro as palavras para dizer aquilo que a pele não pode. Unimo-nos assim...
É quando a noite inaugura a claridade que te deixas ser.Deixas enfim, aquele estar, que cautelosamente mentirias, (porque) sabes que quando a luz te ilumina os gestos, revela os modos e as maneiras de quem sorri, de quem não consegue mais chorar, não enganas ninguém com esse sorriso…ele não está na boca está nos olhos.É em “despertares” que me entrego, sem receio, porque não me receias, porque amar, amar… afinal não custa (nem a palavra), nem amar o momento, amar a pessoa, amar de paixão!
É nesses raiares, que te escrevo em linhas faladas, é na noite que narro o que as sombras me pedem... ambas sentidas é certo, mas nunca tão respondidas como se quer, nunca tão escritas como se pede, porque se modelam pensamentos, cortam-se ideias, matam-se paixões e se recriam palavras para expressar o que foi.., espero sempre por essa luz na minha janela, dessa praia deserta, desse nascer do sol, da tua mão colada na minha, do sabor do teu cheiro, para poder sim, amar sem palavras.Espero sempre essa vontade…

Ana

sábado, maio 13, 2006

um noite sem ti.. (ou contigo)


"The lamp is burnin' low upon my table top
The snow is softly fallin'
The air is still within the silence of my room
I hear your voice softly callin'
If I could only have you near
To breathe a sigh or two
I would be happy just to hold the hands I love
Upon this winter night with you
The smoke is rising in the shadows overhead
My glass is almost empty
I read again between the lines upon the page
The words of love you sent me
If I could know within my heart
That you were lonely too
I would be happy just to hold the hands I love
Upon this winter night with you
The fire is dying now, my lamp is growing dim
The shades of night are liftin'
The mornin' light steals across my windowpane
Where webs of snow are driftin'
if I could only have you near
To breathe a sigh or two
I would be happy just to hold the hands
I loveAnd to be once again with with you
To be once again with with you."

kiki

quinta-feira, maio 11, 2006

instantes

vejo a tua cor verdadeira, usamos a mesma!
sabes o que é passear pela rua, encontar os olhares indescretos, avaliativos...e nenhum deles ser o teu...
sabes o que é decorar as falas?

Voar em memórias de passos extensos na calçada por trabalhar, querer partilhar esse caminho, essa conversa...contigo, eu sei que sou intensa, mas le-me nos olhos o que quero... ve que esse brilho espelha-te, ve ...
E deixo-me ficar para trás nesse caminho, não porque quero deixar-te o braço, o teu colo, mas porque quero ver-te mexer...
Quero sentir se passasse por ti saberia, que eras TU, sem te conhecer...
Queria ver se davas pela minha falta, ou se só quando não sentias o roçar das nossas mãos naquele ritmo (des)propositado (porque sim podemos dar as mãos), olharias para trás a minha procura ?...
Would a lightening strike?
E eu escondo-me por trás da árvore, em que me encontraste, (porque sempre me disses-te que a vida seguia la fora, não ai, onde me perdia doente...onde não sentia a falta de nada)
Vejo os teus gestos, eles denunciam-te sabias? e eu espreito por aquela "fresta", vejo o teu ar teimoso, de brincdeira, admiro o quão perspicaz és...sabes que não estou perdida, estou escondida...
E sabes que é o teu fado encontrar-me, reconheces que só assim te encontrarás, e andavas tão perdido quanto eu...
Sei que me vais achas pelo casaco laranja de menina, usei-o para que o destinguisses dessas brumas do mundo,
Sei que ja me encontraste, os teus passos são decididos.

Decoraste o momento...

Ana

quarta-feira, maio 10, 2006

Projectos de Beijos

Escrevo para não tornar louca esta minha insanidade, escrevo para gritar ao mundo (ao meu mundo) esta minha terna loucura, escrevo porque não consigo sentir o cheiro da terra molhada, porque os meus pés não sentem este chão que piso.Agarro com força o coração que teima em sair, agarro as palavras que me consomem e onde o termo é sempre o mesmo, agarro cada momento que a vida me dá, agarro-os porque não os quero perder já mais…O que é isto que me consome?O que é isto com que sonho?O que é isto que me destrói?Destrói-me nas minhas mais elaboradas defesas (aquelas que não te mostrei o caminho), nos meus mais complexos planos, destrói-me para me atirar para aquilo que de mais “Eu” eu tenho.Que doce e apaixonada destruição.Se me fragmentar é nos teus braços que me quero (re)encontrar, se me destruir sei que és tu que me vais unificar, preciso de ti…De quem são estes sonhos que sonho acordada?São teus?São meus?Ou já se misturaram?São tudo, são duas mãos que se fundiram ao amanhecer, duas bocas que se beijaram ao entardecer, dois corpos que se uniram ao anoitecer… são projectos de beijos, projectos de carinho, projectos de mim, projectos de nós.São projectos e retrocessos… viagens ao meu mundo de mulher e menina, ao tempo em que pedia “abrigo” com uma fralda e um cobertor, ao tempo em que me deito contigo para fazer amor…O que é isto que me fazes sentir e dizer?São projectos de beijos…Apaga a luz meu amor, deita-te e olha-me nos olhos, sentes o meu calor?Respiro-te ao ouvido, aproveito e sussurro o quanto te adoro… nada é dois, somos um…“Sentados” largamos o mundo para voar, nas asas que me emprestaste e que me ensinaram a criar… a criar este mundo onde te cheiro, onde te sinto e onde nada é real..Que doce fantasia…Nesta meia-luz, é o teu contorno que vejo, são formas espelhadas numa parede qualquer; nada existe para além de nós, nada existe.A dança é única e apertada, exaustiva e profanada… falo-te de prazer, de prazer…Os zumbidos roucos que irrompem de fora já não os ouvimos, a dança faz-se ao som de um “reggae” especial escolhido por jah!É o momento em que te olho para me ver a mim, despida de tudo, despida de mim…Respiro para não sufocar, abraço-te para te sentir mais perto.Beijo-te e sinto-te o sabor a sal, percorres-me a alma e o corpo cede ao prazer…O que é isto que me fazes sentir?A cabeça voa para um lado qualquer, o coração bate num ritmo descompassado, as unhas cravam a pele, e os corpos contorcidos de prazer emanam a essência de um enlouquecer….… é num orgasmo que te digo… Adoro-te bebe!

Kiki

noites

Olho a janela, sinto-te fria, a noite é como as outras, o candeeiro das juras de amor, de assinaturas gravadas apaga e acende o meu reflexo, vejo os anos passar por essa janela, as marcas que vai deixando em mim, o contorno que antecipam os sorrisos, os olhos que se rasgaram em lágrimas…mas esta é uma noite como as outras.
Sinto a tua presença, queres ler o que penso, eu sei que estas aí, não precisas de me tocar, a tua respiração “arrepia-me” a pele, peço um beijo teu, e esqueço de mim, fundo-me em ti, porque sabes quando chegar…
Perco-me das memórias…
“Vou dormir, vens?”
Sigo os teus passos, marcados no chão pelos teus pés nus, procuro encaixar os meus no rasto dos teus, não vacilo, porque sei para onde me levas, sei que não me queres mal…encontro-me contigo, onde tantas vezes me desencontrei, o meu descanso nem sempre foi o teu. Abres a cama, alisas os lençóis uma ultima vez, bates na almofada e olhas para mim, sim eu conheço esse gesto tão bem… fico a ver da porta, na penumbra o teu ritual, é por ele que gosto de ti.
Sinto que não te conheço tão bem como quereria, mas conheço isto, conheço o encontro dos olhos, o sussurro ao ouvido, o enrolar dos teus dedos no meu cabelo, a tua luz que não se apaga enquanto eu não durmo em ti, sei que me olhas noite após noite, já me contas-te, e enquanto não te dou a mão, aquele abraço, e me enrolo em ti não te sinto bem.
Precisas de mim, para adormecer…não te preocupes eu prometo não fugir por aquela janela, e enquanto me procuras naquela posição perfeita em que dois corpos encaixam dessa maneira não te entregas em sonhos…
E quando os sonhos te tiverem a agarrar, sabes que te vou acordar, talvez seja por isso que não apagas a luz…”tenho frio, tenho os pés gelados, podes ir buscar as meias” e levantas-te devagar, como tantas vezes fazes, olhas-me mais uma vez recordas-te daquilo que visto e procuras as meias que condizem comigo nessa noite, não me acordas, eu sei que não me acordas…tratas de mim como se fosse ar nas tuas mãos. Voltas para mim, apagas a luz e esperas pela vida amanha, agarras-me forte a mão, e adormeces no mesmo sono que eu, … “gosto-te” e sabes que não é vão, porque de manhã prometo acordar-te como me adormeceste.

Por todas as noites

Um beijo


Ana

Retrados de Dorian Gray

Remetente: a todos os que tentaram se retratar a nós em tintas insípidas, onde as cores “vivas” não constavam de realidades que procuravam pintar.
Conhecer uma pessoa, conhecer-lhe os defeitos, os gestos, o cheiro, as pausas, os olhares, os silêncios descritivos, a alma… Olhar-lhe e ver-te o sentido da vida, como tocas a nossa e como comungamos da mesma. Conhecer uma pessoa conhecendo-nos…. Sentir-te O Melhor Amigo como se isso fosse a tua missão, o teu dom inato para a vida… (pena que o retrato que escolheste para te pintar não tivesse modelo) Foram ilusões é certo, mas ilusões que nos permitiram encontrar o verdadeiro valor de um pôr-do-sol em praias que desconhecíamos, e que as descobríamos como se nunca antes tivessem sido profanadas por alguém, num verão qualquer (era o nosso verão), aquele trilho, aquele caminho, aquele comboio, aquela ponte, eram nossos e tu destruíste(te) porque foste embora. Éramos muitos sim, mas tu eras especial e contávamos contigo. Contávamos que não nos deixasses cair daquela ponte, que não nos deixasses perder aquele comboio, que nos iluminasses o caminho de volta quando as horas ficavam perdidas do sol. Era aquele teu sorriso. Esse caminho que continuámos incansáveis a percorrer, nunca voltou a encontrar o teu; não que o desconhecesses, porque esse corria nas palavras do mundo, e elas chegaram ti. Ficaste inerte nesse teu espaço vazio de tintas permanentes mas cheio de pós solúveis: “és uma mão cheia de nada”! Confidenciar-te a nossa vida esperando-te um retorno e tu ignoraste que existíamos (como isto dói), convidámos-te para fazeres parte da nossa vida e tu respondeste: “esqueci-me”, convidaste-nos para fazer parte da tua e em conversas secretas viemos a saber que não passou de um “favor” (não precisamos de favores). Esmoreceu a vontade de te ter para nós, mas continua vivo o teu lugar em entrelinhas desvanecidas (porque é que não as consegues ler?) O que é isto de olhar para um retrato e nem sequer te (re)conhecer? Precisas dele para viver? Sempre achámos que nos bastaria ver-te viver! Porque que nos banalizas? Porque nos tornaste segundas escolhas? Não te servimos mais? E quando voltares a cometer os mesmos erros, achas que serão as desresponsabilizações que te farão crescer? (nunca vimos tal acontecer, não é esse o sentido da nossa vida, não fomos feitas para ficar embrionárias). Sente o que te estamos a escrever, pois são palavras de desilusão. Ainda nos reconheces o rosto? Sim, isto é para ti e para ti.
Hide your true shape, like Dorian Gray…

Kiki e Ana

Instinto de Ti



O ritual é sempre o mesmo, e anuncia sempre mais uma viagem (des) conhecida…
Chegamos a mais uma Friday in love…
O percurso é igual, o destino também, e sempre que ele se anuncia as dúvidas acorrentam-nos ao mesmo espaço, aquele em que tão bem nos sabemos mover.
O motor liga-se já quase como se soubesse o que lhe espera, a direcção é sempre a mesma, e já nem o (des) conhecido sabe onde ela fica.
Tudo é só nosso, meu e teu.
É a hora de abrir as janelas, é a hora de deixar entrar o sopro que nos torna filhas do vento… é a hora em que gritamos os sussurros que calámos durante a semana, é a hora em que nos revelamos, é aquela que não deixa espaço para grandes tramas teatrais…
Rescrevemos de fio e pavio a nossa alma, transportámos o seu peso durante 7 dias e estamos cansadas, não que a nossa alma pese mais, ela apenas precisa de um porto para ancorar. Os passos em “bicos do pé” que demos precisam de se vincar, precisam disto para os certificar… e nos sabemos tão bem…
O bom dia alegria está dito, resta-nos esperar pelos milagres que se vão multiplicar. Acelero ao ritmo das nossas iras, reduzo ao som das nossas confissões, nada fica descompassado, porque a melodia é nossa, e queremo-la sempre tão perfeita!
Não existem médias, modas nem tão pouco desvios-padrão, somos nós, nós duas, esbatendo-se em ritmos (des) compassados, mas em melodias individuais.
Os porquês tomam conta de nós, e cada uma à sua vez, desmonta a filigrana em que nos enredamos, tudo, até ao último nó. Não existem “dividas” nem “adoro’s” para esconder olhares, sou eu, és tu, a as nossas almofadas.
Neste momento não é mais 21 gramas que ela pesa, pesa menos, muito menos, foi partilhada e por isso justificada. É a alma que me conheces, não um rosto, não um hábito, nem tão pouco uma vida… é a alma, as minhas 21 gramas adicionais.
_ Olha, mais uma curva, acelero? Reduzo? Diz-me em que compasso estás!
_ Reduz kiki, reduz… estou perdida, não sei em que curva estás.
Não tem importância, o caminho ainda é longo, mais curvas virão.
O motor, esse está cansado, mas ele perdoa-nos as nossas extravagâncias, ele sabe que precisamos disto para respirar… a janela ainda está aberta, ainda existem brisas por entrar.
O retrovisor mostra uma vida deixada para trás, mas nós mandamo-lo calar, é o vidro da frente que queremos seguir. (como dói isto)
_ E agora Ana, reduzo ou posso acelerar?
_ Acelera kiki, eu sinto a próxima curva a chegar.
O conta-quilómetros não para, ele mostra-nos a distância a alargar…. (o retrovisor rendeu-se a isto, é a vida a mudar) …
_ Kiki, o mapa?
_ Não tenho, rasguei-o…
As sextas não têm mapas, não vieram com recomendações, nem tão pouco com instruções, elas existem para amar.
O motor ameaça ceder, mas ele também nos conhece, sabe que não estamos prontas para parar.
A ida está completa, mas ainda nos resta o dobro para voltar…
Sim ainda é o nosso tempo, aquele que não tem regras para acontecer.
Os nós estão desfeitos, mas existem fios para reorganizar, o acelerador sente isto, não hesita em abrandar, ele sabe que precisamos do nosso tempo, e não nos quer apressar.
A volta é sempre mais longa, fecham-se as janelas, não há vontade de gritar. As músicas cedem lugar às lamentações, mas não, não as queremos mais.
No banco de trás as nossas almofadas lembram-nos os tempos de menina que queremos recordar, mas não, elas estão lá, não as queremos agora, não agora…
Aproveitamos o ombro para chorar, é hora de o rádio falar…
(e ele fala assim)

“You and I have lived through many things.
I'll hold on to your heart.
I wouldn't cry for anything,
But don't go tearing your life apart.”

“And if you want to
talk about what will be,
Come and sit with me,
and cry on my shoulder,
I'm a friend”

Pronto terminou, é hora de o voltar a calar…
O silêncio mostra-nos a alma que teima em doer, mas ainda há distancia a percorrer, e sabemos que ainda temos tempo…
As curvas já são conhecidas, é o retorno, agora podemos acelerar…
_ Estas curvas kiki, já as conheço, que bom que é poder recordar…
As malas estão feitas, as memórias guardadas em pastas conhecidas, nomeadas e datadas…
O silêncio não pesa já mais, sabemos que o podemos prolongar, sabemos que ele não nos vai matar, ele conhece-nos tão bem…
Os fios voltaram a baralhar a teia em que nos guiamos, mas não, isto não nos mete medo, existem ainda muitas sextas para os (des) baralhar.
Os corações podem ouvir-se latejar, é isto que o nosso silêncio nos permite, nenhuma escuta o seu, gostamo-nos de mais para isso.
Os bancos já cederam aos nossos corpos irrequietos, queremos as nossas almofadas para descansar, mas ainda não, ainda não…
_ Compreendes kiki?
_ Sim compreendo!
O caminho já está a ficar escuro, precisamos de luz para nos guiar. A noite mostra-nos as sombras, mas não, não temos medo, as mãos estão juntas, não se podem separar. (I have faith in you…)
A noite também nos impele a mais uma aventura, estamos a chegar… é a hora… Be the Love Generation. Mas não é disso que vos estou a falar?
O motor desliga-se, chegamos…
Foi mais uma Friday in Love…
_ Ana, olha a tua almofada…


Obrigado (e sabes o quanto odeio esta palavra) por existires na minha vida…
Te amo pequenina.

kiki

terça-feira, maio 09, 2006

viagens

guardo a minha roupa tão bem!
embrulho com esse sorriso candido as tuas memória, que nem malas de viagens, parece que não vou voltar a precisar delas, pergunto-me mais uma vez, se quero essa mala tão apertada ou será melhor esperar por uma maior, que leve mais coisas...
decido-me a fecha-la em cima da cama, essa cama, de lençois lisos, de noites passadas e retidas..., bato com ela fortemente no chão, como se a querer significar que ela leva tanto ali dentro, pode estar leve, mas custa-me a carregá-la até à porta...segues-me com esse olhar, não me olhes assim... sabes que o que tem que ser será...
vens em bicos de pés, comigo até à porta como se tiveses medo de pisar o chão que também eu pisei...agarras-me a mão num acto de impedimento, apertas-me o dedo com força, cravas-me unhas de sangue, de paixão, impedes a cadencia dos meus passos, mas eles são mais fortes que tu, cresceram na tua ausência...
encontro a luz, ao fundo desse corredor escuro que me obrigas-te a atravessar contigo...meto a mão na porta e ponho a mala lá fora...as memórias ja estão guardadas num sitio que não o meu, ja só falto eu, ja só falto eu!
olho-te inocente, num sorriso de amizade, estendo a mão...
não para ti
para a porta
vejo os teus olhos sofregos de um fim presente
vejo
vejo... a liberadade, enfim em mim!

Ana

domingo, maio 07, 2006

a ti

"fui para os bosques viver de livre vontade, para sugar todo o tutano da vida, para aniquilar tudo o que não era vida... e para, quando morrer, não descobrir que não vivi" - Thoreau

Mais um, mais uma memória, esta é dedicada a ti...
pergunto-me se serei feliz, pergunto-te se serás feliz, parece que finalmente encontrei as palavras para te dizer, e tenho?
Este dia passou, assim como aquela brisa, que tras os sons e os cheiros, os suspiros de vida. confesso-me impaciente de ti, das horas que ficaram suspensas entre nós, foram tao poucas... . É bom saber para o que acordar, hoje acordo para ti!
E enqunto o sol me queima na cara e me afasta "da" almofada de confidências tao doces, tão mudas de julgamentos, acordam-se-me as vontades, de correr descalça, de gritar alto as músicas das minhas noites, de subir em surdina as escadas (como tal menina), para ninguém saber o que faço, quase pecado, mas é o meu pecado, so para saber de ti... .
Abro livros em que me retrato, e procuro ai, qualquer coisa de ti, vejo em mim qualquer coisa de ti, porque não sais de mim, porque errei no plano que fiz para a vida!
Está em cada mensagem, em cada telefonema, em cada gesto teu, um sorriso meu, acreditas nisso...? Acredita, porque sabes que hoje não te minto! É em silencios morosos, que te procuro, te decifro, acho que acabo conhecendo-me, é quase um retrato, pintas-me bem tu!
Estava encostada num vazio, era fácil preencher-me, mas sente, que me achava mais pequena, sinto-me a dançar aquela dança, sabes, aquela em que me ilumino num palco, aquele palco de (um) espectador atento, achas que brilharemos tanto?
Procuro tanto..., acho injustas as respostas quedas mas elas não cessam, foste tu? É tua a obra? Deixa-me sair de mim, e olhar-me de longe, deixa-me ver como me vês, deixa-me... porque insistes em verdades? Sabes que o manto que me esconde fui eu que o pus, sabes que cada noite contigo é menos uma noite que passo sem ter frio, que passo sem ele! E tenho medo quando olho para ele com um certo desdém, tenho medo de não o voltar a querer ...
Mas bem, isto é para ti, ja chega de mim
Podia dizer obrigado por muita coisa, por me pores um sorriso, por me deixares escrever, por fazeres das minhas sextas-feiras, dias de amores, por me fazeres esquecer...mas agradeço-te amanha, porque amanha também estarei por cá!
Parabens, por te deixares envolver na minha vida, parabens por hoje, por amanha!

Dir-se-ia:"não chores porque acabou, sorri porque aconteceu", posso emendar - chora a sorrir porque aconteceu, porque ainda não acabou!

Um beijo de mim a ti!

Ana

Parabéns Pini


pronto era suposto ser aquilo que tu, eu e ela sabemos, mas falta-lhe inspiraçao... pressao nunca foi o forte dela... pronto provavelmente nem é inspiraçao que lhe falta... talvez sejam palavras... mas isso tambem sao outros quinhentos.
entao fazemos o seguinte... usamos os tres a minha cabeça para pensar.. ok? claro que simmmmmm....
fazemos por pontos ou preferes texto corrido?
pini estou a falar contigo... importaste de responder....
ok como quem cala consente ficamos pelo texto corrido.
ja sei vou contar uma historia. boa? gostas de historias?
pini estou outra vez a falar contigo.... gostas portanto!
nao nao gostas... tudo bem nao ha drama...
ficamos entao pelos pontos...
ponto 1
sim es pini, mas és um pini ha maneira
ponto 2
posso saber que colgate usas que andas a deixar os dentes metalicos
ponto 3
sim ando a ver dentes metalicos muitas vezes
ponto 4
o que é optimo diga-se de passagem
ponto 5
estas a gostar dos pontos?
ponto 6
sim claro que estas
ponto 7
pini admiro-te a paciencia
ponto 8
parabens (gostaste do promenor do 8, diz-se por ai que é o teu numero preferido... va-se la saber porque)
ponto 9
ela gosta-te
ponto 1o
eu tb! (ah loucura pini)
ponto 11
diria que ela te a...
ponto 12
eu nao
ponto 13
eu nao gosto deste numero... da azar por isso passamos a frente
ponto 14
so para te avisar que sao 21
ponto 15
"just like heaven"
ponto 16
cuidado com os 21...
ponto 17
ja estou cansada... so mesmo porque es um pini a maneira
ponto 18
ja so faltam tres
ponto 19
tres nao tem nada de sexual
ponto 20
esta quase
ponto 21
PARABENS PINI....

esta devia ser aquela parte do muitas felicidades, conta muitos... mas isso é uma seca... va limito-me a um ve se apareces.. limito-me a um ela gosta-te a um sei la... tu sabes

ah e so mais uma coisa... ando a preparar um livro que tem como titulo "como aprender a ler a entrelinhas" dou-te o primeiro exemplar....

beijinhos grandes meus e dela... mas os dela em silencio porque o sorriso parvo nao lhe sai da cara....

kiki

verbos

presente indicativo de florir...como é que é?

Ana

sábado, maio 06, 2006

conversas intemporais

parei em tua casa num dia como os outros, mas tu nao estavas como os outros... pk? aposto que nem tu sabes... mas o que é certo é k nada se iluminava... nem a luz do candeeiro do teu quarto, nem tao pouco o teu sorriso! oh ana, o que é isto?
paravas em minha casa, sim como outros dias que paraste, esperavas de mim a mesma pessoa das noites em que riamos, mas a força que me dominava era impia de tais risos, e tu sabias, lias nos meus olhos...conheces-me a alma...
k: bom dia alegria!! vens, ficas, sorris ou vamos chorar?
A: hoje não ha milagres que se multipliquem, não estou online..muito menos nos meus dias, por poucos que eles se deixem ser...
K: entao ja sei, nao vamos sorrir, nao vamos chorar, nao vamos a lado nenhum. vamos falar? vamos abrir a janela do teu quarto e gritar Odeio-te vida?
A: hoje não me apetece abrir janelas...vamos so falar, não quero gritar, nem fazer understatetmens...acho que apenas não é o dia, queres falar só?
K: ok... hoje a noite nao é "just like heaven"... nao tem problema... adoro-te em todas as noites... mesmo nakelas em que so me apetece... sabes o k digo nao sabes? sabes que se vim aqui mais uma vez foi so pk te adoro, so pk kero perceber o que isto é! sabes o que é?
A: acho que acerca da noite tiraria o "like heaven" e acrescentaria um "a", acho que a noite apenas não é justa! se sei o que é..bem não, não muito, não menos do que as outras vezes...sabes o que é...incompreensão, de mensagens não escritas, de provas não tidas, porque todos provamos alguma coisa, não é?
K: sim provamos, provamos com palavras que dizemos sem pensar, em todas aquelas que dizemos a errar. nao a errar porque as escondes por detras de enganos semanticos, mas erradas porque dizem o contrario do que querias expressar. é assim nao é meu amor?
A: não me chames isso...não é bem isso, hoje não foi isso, sim existem palavras que não encontraram o seu tempo pa serem ditas, muito menos a vontade de serem recordadas, mas a questão, e sim ja te disse isso não tem a ver com palavras, porque palavras são só letras não são tao pouco aquilo que sinto, sabes que não funciono assim, não me atires a cara, problemas gramaticais, atira-me a cara passos que dei, sem olhar para tras em arrependimentos conscienciosos
K: sim eu sei do que me falas, sei porque como me dizes conheço-te a alma, conheço-te tao bem... conheço quando dizes nao querendo dizer sim... conheço quando dizes odeio querendo dizer gosto... mas sabes o que conheço desconheçenco? conheço que a vida nao vem com mapas, conheço a necessidades de por vezes voltar a mapea-la, conheço a necessidade de encontrar reencontrando outros portos... conheço a dificuldade que isso é, mas tambem conheço a magia que tem encontra-los...
A: sabes que nao sei lidar com irrasciveis nem displicencias intelectuais, muito menos sei lidar com coisas que ja não estam mais no meu controlo, sabes o que é...pois ja te contei, com a vida não veio o manual para saber isto, pois não, e os mapas andam perdidos...
K: e sabes tu o que é nao controlar? é... bom agora ate podia fazer uma rima... mas vou deixar no ar... rimas sao mais uma vez palavras... va vamos acender a luz...
A: deixa-me estar no escuro so mais um pouco, ja a acendes, concentra-te antes em mim e explica-me o que é isto. deixa-te de rimas como se fosses aquilo que chamariam de pseudo intelectualoide urbano depressivo, e explica-me mais uma vez...
K: sim até podia falar-te em gostares, em sentimentos que tao bem conheço, em sombras que se iluminam sem um olhar... mas nao... primeiro vou acender a luz... depois acender-te um sorriso, depois iluminar-te as sombras e por fim fazer-te um convite. vamos ao cinema?
K: pergunta-me duas vezes para a segunda aceitar, gosto-te...

Kiki e Ana

meeting joe

"i want u to get swep away out there
i want u to levitate
i want u to...
sing with rapture and dance like a dervish
be deliriously happy
or at least leave yourself open to be
i know it's a cornball thing
but love is passion
obssesion
someone u can't live whitout
i say fall head over heels
find someone who u can love like crazy and who will love u the same way back
how do u find him/her? well u forget your head and listen to your heart
cus the truth is, there's no sense living your life without this
to make the journey and not fall deeply in love, well u haven't lived a life at all
but u have to try, cus if u haven't tried, u haven't lived

stay open, who knows
lightening could strike"

para todos os que nunca se deixaram arrebatar pela vida.
para todos os que nunca se deixaram viver com medo de cair,
para todos os que chegam ao fim do dia um pouco doridos, mas que nunca os viremos a brilhar tanto, ...
não valerá a pena?

Ana

sonhos

"cupid only misses sometimes"

Enquanto fecho os olhos e cai o pano, e me liberto de mim, e finalmente me sinto ao fim do dia.
É dificil ser tanto durante tanto tempo
Escondo as minhas mãos na almofada, procuro o melhor lado, aquele que nunca me engana, encosto-me num estado que sei efemero, mas quente como a tua mão que faço chegar a mim todos os segundos, que me toca na face num suspiro de deleite puro.
E enquanto susurras no meu ouvido canções que conheço de cor, e dás aquela entoação nas palavras que sabes que fazem parte do dicionário que fizeste e criaste so para mim...respiras no meu cabelo, sinto-te ca, ca em mim. Olho para o outro lado na esperança de ver o teu vulto, sentado em oração de vida, da minha e da tua, mas o reflexo na parede é o meu.
É tudo tão real em ti, mas coração que não ve é coração que não sente, e eu vejo-te onde não estás.
Deixo-me levar pla ilusão da tua presença e recordo os pormenores de ti, sonho-te sempre

cus cupid only misses sometimes, but not this time, not this time!

Ana

sexta-feira, maio 05, 2006

Extended Info

Interests:
Gostamos de pestanejar em uníssono, de respirar paralelamente, de rir em conjunto, de nos mexer em espelho, e comungar da mesma vida. Gostamos disto tudo e ainda mais de tudo aquilo que se possa alterar. Gostamos de ti que gostas de sonhar quando acabas de acordar, gostamos de ti que gostas de suspirar antes de adormecer, gostamos de ti que escolhes bandas sonoras para pensar em quem amas, gostamos de ti quando os teus álbuns preferidos te falam de nós, gostamos de ti que gostas das coisas simples da vida, gostamos de ti gostando-te.
About us:
Somos apenas duas amigas se o apenas chegar. Há quem diga que falamos da mesma forma, mas encontramos palavras diferentes para nos individualizar, há quem diga que somos especiais, que mais não seja pelas expressões quase homónimas aos nossos nomes e que teimam em ficar. Temos os nossos rituais que passam por horas de conversas suspensas em viagens perguntando a um (des)conhecido onde fica a marginal e gritando com vento na cara... AMO-TE VIDA. Acordamos ao som de um "bom dia alegria" ao que se segue o "milagre da multiplicação". Odiamos odiar, mas odiamos quem nos odeia. Amamos amar, e amamos ainda mais os que nos amam.
Favorite Movies:
Aqueles que fazes connosco... (e não, não são aqueles onde personagens semi-vestidas ou forradas de látex, pronunciam frases aclamando "o" amor eterno e onde a estória acaba sempre com o tão famoso "um tapinha não dói").
Favorite Music:
De um repertório sem letras nem melodias estas: “just like heaven” e “write your name in sky”...
Favorite Book:
Aquele que vamos escrever agora, as duas e contigo.
Random Question:
E eu?
Oi?

A que horas?
Caniches? De que cor?
Já chegaram? Chegaste? (que impressão)
Mas mesmo? Como assim?
Gostas? Ou adoras?
Telefonas?
Posso telefonar-te?
Dizes que me gostas?

Ou chega eu dizer?
Beijo-te? Como beijo-te?
Ficas? Vais? Deixas? Voltas? Gostaste?

NÓS ADORAMOS....
AMAMOS DE PAIXAO ISTO... (desde catraias)
Kiki e Ana

...porque sim...



Será que sim?
Será que finalmente encontrei?
Porque a busca me enredou num sentimento de desesperança, naquele sentir que um dia eu te falei, naquele que comandava o sopro da filha do vento.
Talvez nem voasse dessa forma, talvez apenas quisesse mais do que nunca um galho para amar, um ramo onde raízes pudessem respirar… e não saberás tu que quando sinto a tua falta é disto que te estou a falar.
É tão simples, tão fácil sonhar, e mesmo quando a falta insiste em aparecer, é o tempo “errado” que lhe prometo oferecer…
Porque contigo o errado fica certo, e o certo fica perfeito quando as palavras não sabem mais falar, e apenas se rendem ao sorriso de quem ainda não aprendeu como as expressar.
Tantas palavras por dizer, tantos pensamentos por manifestar, e tanta vontade de poder falar.
Porque tudo o que quero é que quando o caminho se tornar escuro, e os olhos não te deixarem ver, que acredites em mim, que deixes o meu amor te iluminar… que quando o céu se tornar escuro e pesado, te possas erguer e o meu nome nele escrever.
É de amor que falo? É de paixão? É de gostar? Não sei, sei que é de ficar… ficar aqui e aí, onde o tempo não nos obriga a apressar… ficar apenas com aquela certeza que nos deixa confiar…
Falo-te de sombras minhas que vieste iluminar, de pedaços de mim que vieste restaurar, falo-te de sentimentos que vieste ressuscitar…
Falo-te de mim e desta expressão que não consigo expressar, deste sentimento que me sufoca e que só o quero gritar.
Falo-te dos momentos que não consegui preencher com palavras, daqueles que apenas me permiti interiorizar e guardar, falo-te deles porque quero que os guardes também, porque preciso de sentir que tenho uma parte de mim dentro de ti.
Falo de medos que se desvaneceram no teu olhar, de duvidas que insistiram em não ficar, de certezas em que me aninho ao sonhar.
Falo-te dos momentos em que adormeço com a alma a amar, falo-te daqueles em que acordo com a os olhos brilhantes por te adorar…
Falo-te da certeza de que nada foi como pensei que um dia pudesse ser, sem amor nem glória, sem nenhum herói escondido no céu no meu céu…
E o que isto é?
E isto é… exactamente como deveria ser… nascido do nada na maioria das vezes, naquela frase sem sentido, naquele sorriso meio perdido, naqueles olhares que não tentam mais negar…
Já te disse que te adoro?
Já te disse que não te quero deixar para trás?
Sim disse, disse em todas as palavras que ficaram por pronunciar, em todos os momentos que de forma quase egoísta decidi não partilhar.
Sim eu sei que tu os entendeste…
Sei que sim porque és especial, sei que sim porque mos sussurraste ao ouvido, sei que sim porque os tornaste certos em vez de errados, sei que sim porque te permitiste a amar.
Sei de tudo isto e mesmo assim tenho medo de não o saber expressar, tenho medo que não o saiba mostrar, tenho medo que não o consiga dar…
É nos meus braços que quero que adormeças, no meu corpo que permaneças, nos meus olhos que te percas, na minha boca que te encontres.
Quero tudo isto porque te quero a ti…
Ficas comigo?

kiki