individualidades

segunda-feira, junho 26, 2006

palavras com sabor a...

Contam-se histórias, encerram-se cartas com o lacro imperecível, guardam-se. É nas confidências que se descobrem que grandes medos simplesmente não o são. É nesses segredos que se encontram e justificam as essências da vida. Risos esquecem choros, esfumam-se ideias e receios de felicidade, mesmo que isso seja tão desválido quanto a saudade o é!
São palavras com sabor.
Ana

segunda-feira, junho 19, 2006

winners

"If I could put you in a frame I'd draw you smiling
With a cigarette in your mouth and your hands reaching out for something
If I could, if I could wear all your clothes I'd still be different
And if I had your speaking voice I'd never whisper
I'd talk and talk and talk

We will be winners
Our heads glued together
And all is indefinite in you

Whatever you've been told
Don't turn to God because you're cold
Try the black one, white is nice
If you want blue, you'll pay the price
Is there no room for us
I'll make a space for us

We will be winners
Our heads glued together
And all is indefinite in you

Meet me in front of the room where we kissed
Where you changed me, estranged me
Where no one resists
Where I followed you, hollowed by you

We will be winners
Our heads glued together
And all is indefinite in you

We will be winners
We will be winners"

Ana

domingo, junho 18, 2006

O lado B da vida...

O lado inverso de tudo, onde os ponteiros seguem das horas para os minutos e onde a unidade maior é o segundo.
Sim o segundo, aquele em que tudo fica como está, onde não existe o espaço para nada se alterar ao ponto de não o reconhecer.
O lado B da vida é passível de se aconchegar no meu?
Sim parece-me que sim, porque não posso eu querer subir uma descida, querer beber uma comida, fumar pelo filtro, calçar umas meias, começar pelo fim, findar no inicio, ler ao contrario, escrever et-oma, ou mesmo odiar amando-te.
Posso, no lado B da vida.
Lembram-se das magníficas K-7? Lembram-se como no lado B sempre apareciam os sons que renegados não serviam as maravilhas dos ouvintes que soletravam apenas por não conhecer a letra. Sim, claro que lembram. Porque o lado B da vida é assim? Será? Deixaremos para o lado B da vida as denegações sem sentido que não queremos mais aceitar? Ou servimo-nos dele para podermos ser loucos?
No lado B da vida eu posso ser fada ou bruxa, cinderela ou madrasta, calimero ou abelha maia. Posso inverter o sentido. Posso por a bruxa boa e a fada má, posso apertar o pé da madrasta e alargar o da cinderela, posso até mesmo visualizar a abelha maia a ir… enfim, posso o que quiser.
No lado B da vida eu durmo acordada, sonho sentada, amo-te arreliada; mas no lado B da vida eu também odeio embevecida, mato a vida, sopro a bebida. Tudo isto no lado B da vida.
O lado B da vida serve as minhas loucuras? Claro que sim, serve para crescer “(des)envelhecendo”, serve para rir chorando, serve para viver morrendo. Porque me olhas assim, não posso querer viver morrendo? Porque não? Só porque tens medo de morrer? E porque não estamos nos vivendo mortos para um dia nascer? Será que vivemos para nascer? Porque não?
O lado B da vida… o lado onde os caniches não são brancos, posso querer que eles sejam cor de laranja? Posso querer que as aves rastejem e os elefantes voem? Posso posso posso? (eu juro que tenho o dedo no ar)
Posso adorar impressões? Posso adorar proibições? Posso odiar regras e viver sem normas? Posso no lado B da vida.
Posso tanta coisa deste lado… posso ser eu, posso ser tu… posso ser o que quiser… posso até tentar compreender como se obtém prazer de formas como nunca tinha achado possível… (tu sabes ao que me refiro não sabes?... nunca imaginei ser possível… mas sim eu juro que fiz um esforço para entender… lol)
Bom adoro o lado B da vida… adoro paradoxos, adoro inversões a normalidade, adoro até bizarrias… adoro estas minhas loucuras….
kiki

quinta-feira, junho 15, 2006

monólogos....

Sim monólogos, monólogos porque não quero respostas, quero pensamentos… como se pudesse com eles entrar na tua mente e antever aquelas que são as suas perguntas… os seus anseios e medos…
Sim quero respostas, quero porque sim! Ou será que te devo uma explicação? Não não devo, não devo porque não me as pediste… sim é verdade que ela também não, mas eu antecipo as razoes, antecipo porque sim.
Pronto talvez não queira as respostas, mas quero mesmo que penses nelas, quero que as guardes como projectos do que poderia ser.

O que sentes?
O que temes?
O que queres?
O que pretendes?
O que amas?
O que gostas?
O que projectas?
O que sonhas?
Sonhas?
Amas?
Gostas?
O que pensas ao acordar?
Pensas?
E se pensas, em que pensas tu?
Nela?
Em ti?
Em vocês?
Pensas dois?
Pensas um?
Em que pensas tu?
Odeias?
Namoras?
Estas?
Ou ficas?
Fica!

A ti… a ela… a mim e ao mundo!

kiki

não queria escrever muito, queria escrever só

Estou cansada.
Estou cansada de escrever.
Estou cansada de agarrar na caneta e esperar que saia de mim aquilo que ainda não consegui perceber, estou cansada de ti papel, que continuas branco de sentimentos.
Espectro de mim.
As vezes queria abraçar-me para sentir segura, sentir segura que não faz mal falar a verdade, não faz mal desta vez, não te categorizares na vida, não seres a lutadora, a prostrada, a remanescente do ar, ser apenas aquela que é estranha!
Queria abraçar-me assim!

Estou cansada do “errar é humano”.
Culpabilizar outros pelo nosso (erro), não será ainda mais?


Ana

domingo, junho 11, 2006

Leis

Lei de Snider: Nada se consegue fazer com uma só ida
Lei de Horowitz: Sempre que ligas o rádio, hás-de ouvir as últimas notas da tua música preferida
Lei de Quigley: Um carro e um camião que vão em direcções opostas numa estrada deserta, cruzar-se-ão na ponte mais estreita.
Lei de Thomas: aquele que menos quer jogar é o que ganha
Lei de Todd: Em igualdade de circunstâncias, tu perdes.
Lei de Shirley: A maior parte das pessoas merecem-se umas as outras.
Lei de Hecht: Não há melhor momento que o presente para adiar aquilo que não se quer fazer.
Lei de Jones: Qualquer pessoa que faça uma contribuição significativa para qualquer campo do saber e fique nesse campo durante tempo suficiente, torna-se uma obstrução para o progresso deste – na proporção directa da importância do seu contributo original
Lei de Felson: Roubar ideias a uma pessoa é plágio; roubar a muitas é pesquisa.
Lei de Mayne: Ninguém repara nos grandes erros.
Lei de Meyer: Tornar as coisas complicadas é tarefa fácil, mas é complicado torná-las simples.
Lei de Schoroeder: A indecisão é a base da flexidade
Lei de Miller: Nunca se sabe a profundidade de uma poça até se meter lá o pé.
Lei de Maryann: Consegue-se sempre encontrar aquilo que não se procurava.
Lei de Boob: Aquilo que se procura está sempre no ultimo lugar onde procuras.
Lei de Gumperson: A probabilidade de alguma coisa acontecer é inversamente proporcional à sua desejabilidade.
Lei de Beckap: Beleza vezes cérebro igual a constante

Regra da Lei:
Se os factos estão contra ti, põem em questão a lei
Se a Lei está contra ti, põem em questão os factos
Se os factos e a Lei estão contra ti, grita que nem possesso
Ana

sábado, junho 10, 2006

...how from simple things the best things begin...

Era mais uma arritmia da vida… a arritmia da minha!

O batimento do meu pé naquele chão de mármore abafava o som do monitor que teimava em dobrar o som de um “jet lag”… são mesmo as inconsequências da vida: dobrar a voz de Juliette Binoche, uma canadiana, perfeitamente capaz de falar francês…
Era quaternário. O tempo transitava entre um olhar incisivo para os ponteiros dos segundos do meu relógio, daquele monitor contador de estórias, daquele onde esperávamos ver chegar o que faria a minha, e dos pés, que ansiosos, queriam atropelar as horas que não passavam.
Tutututututuuuuuuu…. “…est arrivée l'avion venu de la Terre de la Jamais Plus”
Optimooooo, mais meia hora de filme, meia hora a tentar acreditar que a Juliette tem aquela voz bagaceira…adoro aeroportos!
Sou uma mulher adulta! Ok, não não sou! Só me apetece pegar nesta caneta bic, e em vez de a usar para escrever aquele nome no painel kline, desventra-la e dar-lhe a conhecer as maravilhas que um papelinho cheio de cuspo pode fazer na testa da mulher do tururu….
Tururu.. tururu.. tururu… será que ela tem um tururu na família? Será um nome? Será O nome? Mas quem se chama tururu? Muito gosta ela de microgaitas! “Tira a boca dai porca” odeio porcas!
Ok parou, estou parva… oh não! Não não não não… ansióliticos por favor ansióliticos… e o bebe? Não pára, soprem-lhe para a boca! (o que se passa comigo e as bocas?) ok! Lei de Murphy… em pleno: “quando qualquer coisa puder correr mal, correrá mal”.
Já não me basta estar aqui feita parva à espera de um alguém que nem sequer conheço, mas que só por acaso é já o Amor da Minha Vida, e ainda tinham de compor para mim, ao jeito de Tony Carreira (o rei) esta magnifica banda sonora.
E as unhas?
Duas, duas horas horas a arranja-las como se não houvesse amanha, para agora só me restar umazinha com verniz, não esquecendo que é a do mindinho.
Pronto, só me falta mesmo os pelos das pernas começarem a crescer de forma exponencial e começar a transpirar tanto que em vez de camisa branca passe a ter uma amarela em zonas muito pouco apelativas.
Tututututuuuuuuuu… outra vez esta gaja? Ok eu estou nervosa, passada diria, unhas numa lastima, analogias a mulheres das cavernas, e perspectiva de alteração de cores na minha camisa… queres o que? Que fique encarnada? Já estou obrigada! Ainda por cima dói-me a barriga… gelados, gelados, calorias, espasmos….
“l'avion venu de la Terre de Finalement finit d'atterrir dans la voie trois”
Hummm, medu, muito medu… é agora!
Se eu desmaiar é muito mau? (se não for de verdade talvez seja)
E e e e e e, e se eu gagagagagaguejar?
Hei eu sou uma mulher adulta… nossa gostosa… que gatinha!
Ok, provavelmente os dez minutos mais compridos de toda a história, não eu não estou aqui há dez minutos, são cinco e eu estou aqui desde as duas… merdaaaaa
Hei ninguém vai saber? Ou vai.. ou não… não portanto!
Uma mala, eu estou a ver uma mala! Cor-de-rosa? Como cor-de-rosa? Lenço ao pescoço? Como lenço ao pescoço? Verde? Ainda por cima verde?
Agora sim… medu muito medu… vou-me virar de costas! Assobiar? Eu não sei assobiar!
Não, não pode ser ele, não portanto! È?
Ufahhhhhhh, boboeta voou… não era ele!
Mais uma moedinha, mais uma voltinha…
Olha caguei, não quero saber, vou soltar o cabelo, esparramar-me na cadeira, sim tou de saias e? Não quero saber, estou exausta, estou fatigada!
_ Olá!
_ És Tu!

P.S. adoro a mulher do tururu…
kiki e Ana

sexta-feira, junho 09, 2006

as cidades [in]visiveis

Enquanto revolto mentes obstipadas de preconceitos, sinto que pertenço a este mundo
qual o destino de cada um?

Ana

"olha, esta era a cadeira que n tinha nada a ver com o meu curso"

Quando
quando um dia me encontrares
eu saberei!
quando um dia um beijo, não for mais
beijo, o beijo
eu saberei!
quando te encontar
e os olhos não forem mais os teus
quando um dia deixar de escrever
sobre mim
saberei que
sobre ti
cairá a minha vontade de ser
tua
Ana

segunda-feira, junho 05, 2006

echos

É nos sons do silêncio que se provam as grandes coisas. É na confiança dos corpos que se permitem as sincopes dos orgulhos, e se revelam... contornos de personalidades indefinidas.

Ana

domingo, junho 04, 2006

medo de palavras

ha quem tenha medo de acçoes... outros de palavras... mas a esses os meus parabens, palavras ja dizia o outro, leva-las o vento, ja as acçoes!
felicidades a voces...
kiki