individualidades

segunda-feira, maio 29, 2006

encontros

Em todas as encruzilhadas, estando ou não todas elas cruzadas, existem sempre encontros… aquele foi especial…
Sim, todos se encerram numa particularidade só deles, em algo único e irrepetível, mas sim, é verdade que temos os nossos encontros. Tão nossos que só nós lhe conhecemos o cheiro e o sabor, como se a cada vez que os sentíssemos soubéssemos antecipar cada palavra e cada olhar… sim eu consigo antecipá-los, conheço-lhes os sentidos de cor, eu conheço-lhes a alma.
O toque?
Não existe outro tão quente como aquele…
O cheiro?
Embora não o distinga do meu sei que é o teu…
No olhar?
São sempre as mesmas imagens tão perfeitas…
O sabor?
É aquele… sabes não sabes?
E a musica, essa tem sempre o mesmo compasso que faz vibrar o corpo naquele ritmo que tão bem conhecemos.
Hoje encontro o meu olhar de menina, meio perdido, restabelecido no teu, encontro o meu corpo, consigo senti-lo através do teu… o meu cheiro, os meus olhos os meus sons são teus também… são reencontros sim, reinvenções de almas que se ajustam num carril comum, corpos que se moldam e deixam sempre um rasto de continuidade.
Hoje antecipas as minhas expressões apenas numa frase perdida no tempo, hoje conheces o meu respirar, sabes como mexo nos cabelos, como trinco os lábios e encerro os olhos, hoje antecipas tudo isso.
Foi medo que prolongou estas vivências? Foi ele que as estagnou no tempo? Sim foi! Sabes que sim porque não prendi em mim essas confissões, mas também sabes que foi ele que me empurrou nos momentos de hesitação, foi ele que sempre me mostrou o significado dos afectos.
Sabes que teria reconhecido aquele sorriso no meio de mil não sabes? Sim era aquele que sempre tinha imaginado, sempre foi naquele ritmo descompassado que imaginei sentir o teu coração, sempre foi naquele olhar que sonhei o encontro entre duas bocas que se gostavam… foi assim, exactamente assim, teria reconhecido aquele encontro no meio de tantos quantos me quisesses mostrar, era o nosso, só nosso.
E agora? Como agora? Agora é simples… agora é aquele sentir de que te falei, agora é o “and so i tis” que tanto ouvimos, agora é aquela pupila que não se atreve mais a negar nada. Agora é como sempre deveria ter sido… agora é um perfeito cheio de imperfeições, mas perfeito. Agora é o aperto na ausência, o sufoco na presença… agora sou só feliz… se é que isso tem alguma coisa de “só”.

kiki

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hmm I love the idea behind this website, very unique.
»

9:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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3:03 da tarde  

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