individualidades

quinta-feira, outubro 18, 2007

54m3

54 metros cubicos de ar consumidos e chegou!

Ana

terça-feira, outubro 09, 2007

ode

Eu sou masoquista. Nunca tinha tido bem essa noção, até se tornar uma doença. Uma doença que eu gosto. Que me magoa de uma maneira feliz. Que dói, sangra e me esboça um sorriso.
Isto é uma ode de pouca poesia. Talvez um manifesto com música em concerto. Uma melodia que quebra vozes e faz lembrar tardes de sol denso, de pele queimada e de sorrisos. Uma banda sonora com mil palavras. Eu sou masoquista, porque não preciso lembrar, para existir. Uma tatuagem na pele, por baixo onde o sal não chega, onde a chuva não molha.
Uma apatia no rosto que esconde o arrebatamento de uma existência pela inexistência. Uma mente decidida pelo estudo das consequências. Uma overdose.
Um caco no chão, que piso de pés descalços.

Acho que estou feliz. Não sou!
Uma felicidade enferma. De uma anestesia temporária.
Um alucinógenio, para esquecer que a maior doença é a que não tem vírus.
Um grito que ecoa pelas escadas, apaga os vestígios de uma ressaca.
Uma mãe a mandar-nos dormir na mesma cama, para a convalescença de quem não sabe a cura.
Uma espera fútil.
Promessas. São tudo promessas.
Outubro de Invernos. Com a tempestade a tocar a pele arrepiada.
Um sintetizador a criar cadencia naqueles sons surdos.
Vinte metros quadrados de refúgio.
Respostas desenhadas no tecto.
E a mãe a mandar dormir-nos na mesma cama.
Um destino, um sonho, uma dor.
Palavras. Muitas palavras.
Eu, com um sorriso de quem veste versos mentirosos.
Erro humano
E sentimentos escritos a tinta permanente.

Isto não é uma ode, é um vaticínio de estupidez.

Ana

sexta-feira, outubro 05, 2007

(a)corda

Esconde a cabeça na almofada. Esgota o sopro que trazes no corpo, como a demanda pela a alma. É mais facil quando não ves a luz do dia. Reclama o orgulho que te prende e sorri, porque o sonho é eterno e a vida temporária. Não respires. Não respires. Imobiliza as vontades e dita a ti mesma um mapa de destinos. Sem ar.
Sonhar não é viver.

Respira. Agora!
O que vês?

Ana