individualidades

terça-feira, maio 09, 2006

viagens

guardo a minha roupa tão bem!
embrulho com esse sorriso candido as tuas memória, que nem malas de viagens, parece que não vou voltar a precisar delas, pergunto-me mais uma vez, se quero essa mala tão apertada ou será melhor esperar por uma maior, que leve mais coisas...
decido-me a fecha-la em cima da cama, essa cama, de lençois lisos, de noites passadas e retidas..., bato com ela fortemente no chão, como se a querer significar que ela leva tanto ali dentro, pode estar leve, mas custa-me a carregá-la até à porta...segues-me com esse olhar, não me olhes assim... sabes que o que tem que ser será...
vens em bicos de pés, comigo até à porta como se tiveses medo de pisar o chão que também eu pisei...agarras-me a mão num acto de impedimento, apertas-me o dedo com força, cravas-me unhas de sangue, de paixão, impedes a cadencia dos meus passos, mas eles são mais fortes que tu, cresceram na tua ausência...
encontro a luz, ao fundo desse corredor escuro que me obrigas-te a atravessar contigo...meto a mão na porta e ponho a mala lá fora...as memórias ja estão guardadas num sitio que não o meu, ja só falto eu, ja só falto eu!
olho-te inocente, num sorriso de amizade, estendo a mão...
não para ti
para a porta
vejo os teus olhos sofregos de um fim presente
vejo
vejo... a liberadade, enfim em mim!

Ana

1 Comments:

Blogger AR said...

Saltarás pela janela?

beijo

12:00 da tarde  

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