individualidades

sábado, junho 10, 2006

...how from simple things the best things begin...

Era mais uma arritmia da vida… a arritmia da minha!

O batimento do meu pé naquele chão de mármore abafava o som do monitor que teimava em dobrar o som de um “jet lag”… são mesmo as inconsequências da vida: dobrar a voz de Juliette Binoche, uma canadiana, perfeitamente capaz de falar francês…
Era quaternário. O tempo transitava entre um olhar incisivo para os ponteiros dos segundos do meu relógio, daquele monitor contador de estórias, daquele onde esperávamos ver chegar o que faria a minha, e dos pés, que ansiosos, queriam atropelar as horas que não passavam.
Tutututututuuuuuuu…. “…est arrivée l'avion venu de la Terre de la Jamais Plus”
Optimooooo, mais meia hora de filme, meia hora a tentar acreditar que a Juliette tem aquela voz bagaceira…adoro aeroportos!
Sou uma mulher adulta! Ok, não não sou! Só me apetece pegar nesta caneta bic, e em vez de a usar para escrever aquele nome no painel kline, desventra-la e dar-lhe a conhecer as maravilhas que um papelinho cheio de cuspo pode fazer na testa da mulher do tururu….
Tururu.. tururu.. tururu… será que ela tem um tururu na família? Será um nome? Será O nome? Mas quem se chama tururu? Muito gosta ela de microgaitas! “Tira a boca dai porca” odeio porcas!
Ok parou, estou parva… oh não! Não não não não… ansióliticos por favor ansióliticos… e o bebe? Não pára, soprem-lhe para a boca! (o que se passa comigo e as bocas?) ok! Lei de Murphy… em pleno: “quando qualquer coisa puder correr mal, correrá mal”.
Já não me basta estar aqui feita parva à espera de um alguém que nem sequer conheço, mas que só por acaso é já o Amor da Minha Vida, e ainda tinham de compor para mim, ao jeito de Tony Carreira (o rei) esta magnifica banda sonora.
E as unhas?
Duas, duas horas horas a arranja-las como se não houvesse amanha, para agora só me restar umazinha com verniz, não esquecendo que é a do mindinho.
Pronto, só me falta mesmo os pelos das pernas começarem a crescer de forma exponencial e começar a transpirar tanto que em vez de camisa branca passe a ter uma amarela em zonas muito pouco apelativas.
Tututututuuuuuuuu… outra vez esta gaja? Ok eu estou nervosa, passada diria, unhas numa lastima, analogias a mulheres das cavernas, e perspectiva de alteração de cores na minha camisa… queres o que? Que fique encarnada? Já estou obrigada! Ainda por cima dói-me a barriga… gelados, gelados, calorias, espasmos….
“l'avion venu de la Terre de Finalement finit d'atterrir dans la voie trois”
Hummm, medu, muito medu… é agora!
Se eu desmaiar é muito mau? (se não for de verdade talvez seja)
E e e e e e, e se eu gagagagagaguejar?
Hei eu sou uma mulher adulta… nossa gostosa… que gatinha!
Ok, provavelmente os dez minutos mais compridos de toda a história, não eu não estou aqui há dez minutos, são cinco e eu estou aqui desde as duas… merdaaaaa
Hei ninguém vai saber? Ou vai.. ou não… não portanto!
Uma mala, eu estou a ver uma mala! Cor-de-rosa? Como cor-de-rosa? Lenço ao pescoço? Como lenço ao pescoço? Verde? Ainda por cima verde?
Agora sim… medu muito medu… vou-me virar de costas! Assobiar? Eu não sei assobiar!
Não, não pode ser ele, não portanto! È?
Ufahhhhhhh, boboeta voou… não era ele!
Mais uma moedinha, mais uma voltinha…
Olha caguei, não quero saber, vou soltar o cabelo, esparramar-me na cadeira, sim tou de saias e? Não quero saber, estou exausta, estou fatigada!
_ Olá!
_ És Tu!

P.S. adoro a mulher do tururu…
kiki e Ana

1 Comments:

Blogger AR said...

este texto...insano...
medo...
aposto q nao pararam de rir de maneira histerica enquanto escreviam...

2:59 da manhã  

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