2006
“My face in thin eyes, thin in mine appears
And true and plain hearts do in the faces rest;
Where we can find two better hemispheres,
Without sharp north, without declining west?
Whatever dies, was not mixed equally;
If our two loves be one, or thou and I.
Love so alike, that none do slacken, none can die”
And true and plain hearts do in the faces rest;
Where we can find two better hemispheres,
Without sharp north, without declining west?
Whatever dies, was not mixed equally;
If our two loves be one, or thou and I.
Love so alike, that none do slacken, none can die”
Béroul
As luas não mudam, as estações não se encontram, mudam-se os números e encontram-se as promessas de um ano. São 365 dias, não é sequer um número par, não é nada…
Isto é uma rectrospectiva, e é no fundo o que é expectável. Embalada pelos festejos e desejos ao som dos segundos, eu faço aqui uma despedida…
O ano começou da mesma maneira como se encerra, em enganos, onde o maior de todos é o que me provoco diariamente. Errante vejo a vida passar em dias contados, não peço desculpa pelo orgulho. Prepotente, piso o ego na procura do seu alter, o empáfio alter-ego. Como se o caminho mais fácil, fosse no fim o certeiro. Como digo, comecei o ano numa burla de sentimentos, num jogo de palavras e acções, na esperança de que um resultasse noutro, perdida no meio e encontrada pela súbita consciência do ridículo. No mesmo impasse da terra em retomar o ciclo, eu recuso-me a correr na mesma direcção. Cansada do despotismo por uma versão melhorada de mim, sou por fim isto mesmo. Pouco boleada e ciente dos defeitos…e à parte de alguma humildade frugal, arrisco-me conscienciosa das qualidades também.
Dizem que ando a apurar o meu mau génio, acho graça, que só agora se tenham dado conta de que o tenho. Depois de tantas confissões remeto-me para o pano dos imperfeitos, a imperfeita filha, a imperfeita irmã, a imperfeita amiga, a imperfeita namorada…faço parte do mundo, finalmente! É isso que tenho a agradecer…
Sinto-me devolvida aos dias.
Não obstante, e não querendo tornar num memorando o ano 2006, tenho a dizer que foi dos melhores, com as melhores musicas, os melhores filmes, os melhores risos e choros, sentidos. Encontrados os melhores amigos, os melhores amores, as melhores noites, os melhores dias, as melhores bebedeiras, os melhores orgasmos, os melhores sentimentos…
Não é no começar de um ano que tudo muda é na validação do que se promete… que venha outro!
Ana
2 Comments:
este ano pode NAO SER muito diferente...;)
beijao sua maluca!deves!
Xico? hum... mas o que é isto tótó andas a enganar-me? lol... temos romance no ar tou a ver!
beijos e porta-te bem!
J.
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