individualidades

sábado, dezembro 09, 2006

pigmeus asmáticos

É na doença crónica das batidas de um compasso, que se encontram as deficiências neurológicas. Sente-se demasiado ou excede-se no pensamento, o meio-termo sempre foi o jogo subversivo do gostar. Ainda assim ditamos o que sentimos ao ouvido da consciência, como gatos com cabeças de peixe… a respirar algo novo:
«O amor – centelha sublime que enobrece e escraviza a Humanidade, dúvida perene que lhe dá a torturante certeza do Engano – abre os braços jovens e fortes à Beleza, imagem translúcida e fugidia, gémea do Desejo e, quando os fecha, só neles encontra, já sem vigor, a senil Velhice, fria e execranda como a Morte». Acalmamos a enfermidade que nos sufoca. O dom da clarividência não toca a todos. De repente, permanece a duvida se o mérito virá com a existência da ciência da vida…em que amar é uma doença. Não é um cancro, é uma asma, com bombas para aliviar o sôfrego estar de quem não controla a respiração. Escravos do desejo, errantes pelo engano. É só na morte que se revelam videntes as palavras. Somos pigmeus de asma hoje, pequenos como o ego pendular que nos segura a cabeça num ritmo de intermitente sujeição e elevação. Somos pigmeus de asma hoje mas médicos de gigantes amanhã…

Ana

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

expectacular.adorei

bejoka

F

1:36 da manhã  

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