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E a que devaneios nos podemos permitir depois de tamanha ausência? Será que nos podemos permitir alguma coisa? Ou será que a ausência transporta em si o peso de perder os direitos seja do que for? Deitada entre devaneios de alma e vazios de ti, espero ansiosamente por noticias tuas, espero que nas linhas do tempo o nosso tempo volte a acontecer, e sem escritas nem ditos, se voltem a tecer os fios com que escrevemos a nossa história. Enrolo o cabelo nos dedos, como se enrolando a minha vida estivesse, risco e rabisco aquela folha de papel, só para ter a certeza de que ainda vou deixando as minhas marcas no tempo… porque partiste, porque deixaste vazio aquele teu lugar? Será que voltas no nevoeiro, ou isso é apenas uma lenda de pessoas onde a esperança ainda habito o mundo interno? Está frio, mas não me posso permitir fechar aquela janela, foi nela que esperei por ti horas a fio, e tu vinhas sempre… lembras-te que trazias sempre o mesmo sorriso? Lembras-te que éramos felizes? Lembras-te de mim?
kiki
1 Comments:
querida amiga, não é o lembrar que preocupa desde que saibamos que nao esquecemos e essa é a questão. permite-te a devaneios e rabiscos, empola-te em ideias...não reserves para ti, [maus] estados nem reticencias...quando deres por ti é neles que te encontras perdida.
um beijo
Ana
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