individualidades

quinta-feira, setembro 28, 2006

Um amor e Uma cabana

As relações são mesmo assim, na continuidade do post anterior, um amor e uma cabana.
Agora, suponhamos que nesse amor e nessa cabana, existe a democracia da distribuição das regras, ou a anarquia da distribuição… na paixão a anarquia é automaticamente privilegiada, porque no fundo ninguém quer saber da cabana, só se quer saber do amor… a vida é inebriada pelos dias na ilha paradisíaca com todos os bungalows descobertos ao acaso por estes dois recentes membros da melhor “coisa” que a vida pode dar…ou “coisa” intensa, o amor.
Hipoteticamente, um dia a cabana vem abaixo, pelos ventos ou pelo recém/jurássico fenómeno dos tsunamis…analogia mais explicita?
Pois bem, um dia quando o amor já não é a novidade surge a discórdia da democracia e a criação partidária, aí o que é sustento, ou seja a cabana começa a debilitar-se. Cai a porta, entram os ventos… as palavras amargas e até o sussurro de alguma insultuosidade… as janelas… pensando bem, numa cabana, não sei se haverá o lugar para as janelas, nem tão pouco o espaço para a equação porta fechada – janela aberta… porque sinceramente, ainda na permanente desordem da habitação, existe uma parte do amor… o que por si só exclui a possibilidade de fuga pela janela, pelo efeito implosivo que isso teria na ditosa cabaninha paradisíaca.
Conclusão?
Então, temos a cabaninha…linda, linda bem longe de todos os outros bungalows, a cair de podre, mas ainda assim a cabaninha… temos o último furacão na costa digamos o…Cremilda, a cabaninha abana, cai a porta, mostra-se as janelas, começa a ruir o telhado…mas haverá ainda o amor da cabaninha…? E se houver, de que é que nos serve? Passa a ser só a estória do amor e… nada…

Uma relação constrói-se por baixo, pode ser a do amor e da cabana, desde que a casita (esperançosamente temporária) seja alicerçada. As portas estarão sempre a descoberto, as janelas, não são entrada nem saída para ninguém, apenas uma “arquitectisse” para permitir a fuga do olhar, e o telhado, bem o telhado…pessoa alguma quereria saber, no fundo quando se está numa ilha deserta e a cabana cai de podre, quem é quer estar em casa? Viva a vida selvagem e os programas de entretenimento “coital” do National Geographic.
A distribuição de tarefas, é obviamente metafórico, ninguém em qualquer relação pode dizer que tarefa é designada a quem, pode ser uma nova forma governativa, a anarquia democrática. O entendimento das partes. Sem que alguma tenha por auto determinação predefinir o lugar da outra.
Já se dizia, amar é cedência, relação é entendimento, sem que das partes seja entendida a cedência perante a outra. Filantropia pura!
Certo? Certo!

Ana

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ola
gosto dakilo k escreves,escreves kom a alma...gostei msm,continua!
um amor e uma kabana n xiste melhor maneira de xplicar o k se sente!
vou passar por ka!

***
F

8:16 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home