individualidades

domingo, setembro 03, 2006

chegar

Chegar.
Parece uma palavra só, quando perdida pela ida. Quando a ida já tardia, foi esquecida e chegamos apenas.
Cheguei, para ver o que mudei. Mudei muito.
Os sonhos… já não os tenho. A ingenuidade deu lugar à sombra de uma lágrima… tida de um ego ferido. Conheço os medos e as relutas… quebrou-se o embalar de mim, a ideia de personalidade animosa. Restou a dúvida, o embaraço e o carácter pueril… restaram as horas que já não saltam o entardecer… que se demoram nos segundos, se arrastam pelos minutos, que ficam paradas no meu relógio de pulso… como tortura daquilo que sou. Tétrico.

Quero abrir os olhos, com a ida que ainda não foi… para não ter a chegada daquilo que sou…
Ana

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh minha maninha, a única coisa semelhante a tétrico que tu alguma vez serás é uma peça de tétris - sim, o jogo - uma peça que se imiscui num desígnio maior que tu, maior que todos nós... não nos serve o fato do desespero quando "olhamos" para o universo e vemos a pequenez de uma vida, e a futilidade de certos pensamentos. quanto a idas e regressos, para mim é sempre um prazer ver-te regressar, prazer apenas igualável ao tristeza de ver partir... não subestimes a tua presença esteja ela ausente ou não... és para sempre e isso é que interessa.

7:05 da tarde  

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